Quotas – Um em cada quatro deputados deve ser obrigado a ver um filme do Manoel de Oliveira e ouvir o CD da Né Ladeiras todos os dias.

Há em Portugal, uma estranha moda de “lugares reservados” para quem não consegue, por si só, vingar.

Aqui há uns anos, a polémica entrou no parlamento com as célebres quotas de deputadas. Aparentemente, considerou-se que a existência de pipis na Assembleia sempre acabava por ser mais relevante do que o QI das pessoas... Como não tenho grande intenção de ser deputada (excepto quando penso nas suas condições de reforma) apenas me deu para sentir pena de qualquer mulher que o desejasse e, tendo sido convidada /eleita, ficasse a pensar: “Terá sido o meu currículo? Ou o facto de ter ovários...?”

Agora, nas rádios, leio que está prestes a ser aprovada a obrigação de uma em cada quatro músicas passadas nas rádios serem portuguesas... Ó meus amigos, e se fossem brincar com as vossas pilinhas e deixassem as rádios em paz? A sério que eu agora vou ter de ouvir musicas portuguesas, não porque são boas, mas só porque sim?!

.

É que partindo do princípio que cada música dura em média 3 minutos, isto equivale a uma obrigação de passar, das 07.00 às 20.00, 120 músicas portuguesas (desafio alguém a lembrar-se de 20 músicas portuguesas que lhes apeteça ouvir diariamente...).

A seguir a esta... estou curiosa sobre o número de vezes que vão obrigar o Lux a passar “O Malhão”, “A minha Machadinha” ou o “Ponha aqui o seu pezinho”, por noite... É que o folclore tradicional português está a perder pontos... Há que fazer alguma coisa!