E no entretanto... Enquanto pacientemente espero a maturidade daqueles que não querem liberdade, nem para eles nem para nós, assisto impavidamente à tentativa de assassinato de um "jovem" que tem uma opinião negativa sobre o islamismo...
Mito, na nossa democracia, na nossa cultura, no ordenamento jurídico (não apenas português mas europeu) o que o Talibã acabou de fazer traduz-se em vários crimes: - Crimes contra a vida, contra a integridade física, contra a liberdade pessoal, contra a paz pública e contra a segurança do Estado.
Tudo na forma de tentativa, e, a serem concretizados os seus "pedidos", é ele o o instigador e autor moral dos mesmos...
Com este post, o que eu queria era realçar (brincando) as várias formas de reacção a esta atitude, sendo que as pacíficas - como um beijinho, como uma frase - podem ser tão chocantes quanto as violentas.
Mas é uma forma de ilusão muito perigosa sermos complacentes com estas declarações e julgarmos que é "uma briga por causa de uns desenhos". Não é.
Os desenhos são apenas o rastilho de uma bomba de séculos, e o travão, mais tarde ou mais cedo, vai ter de ser imposto...
Pergunto-te a ti: Agora os Governos pedem desculpa pela publicação de um artigo de jornal... e se matarem o cartoonista? A culpa é só dos terroristas, ou é de quem permitiu que chegasse a este ponto? Até que ponto podemos ignorar estas declarações considerando a falta de espírito crítico dos fieis seguidores do declarante?...
É evidente que os cartoons são a desculpa esfarrapada para o inevitável confronto com o Ocidente, mas todas as formas de violação da liberdade dos povos (e defesa) se fizeram através de guerras... Depois do 11 de Setembro, é ingénuo considerarmos que não somos um alvo. Depois destas declarações - na minha opinião, gravíssimas - é um erro crasso não nos defendermos enquanto é tempo.
Mas tá tudo doido?!? "atacar sem piedade"? "bárbaros"? "animais"??? É de facto gritante o empolamento da atenção (forçada) com que (a comunicação social, em primeira linha de força) aimenta este lamentável episódio. Mas a onda crítica do eu-sou-um-europeu-civilizado-e-tolerante parece verdadeiramente descontrolada _leia-se, acima, "bárbaros", "animais"_... sim senhora, muito civilizado, não haja dúvida! Fiquei elucidado! Nós, europeus civilizados, podemos dizer mal do vizinho, do patrão, do presidente da câmara ou da nossa mãe, mas ai de quem beliscar o nome da rainha de Inglaterra (ora aí está, que democrático!). Nós, ocidentais tolerantes e esclarecidos, sabemos que podemos e devemos impor a nossa presença na casa que o não é para difundir a democracia (ahahah... desculpem!) e, se necessário, chegar a roupa-ao-pelo dos bárbaros (ups!, desculpem outra vez), dos muçulmanos. Making a long story short: todos temos telhados de vidro e é verdadeira presunção entender que a verdadeira civilização é a ocidental e as demais tão somente organizações tribais. Utilizemos a nossa inteligência para fazer acalmar os ânimos e vaorizar o que é realmente importante...
2 Comments:
:-)
E no entretanto... Enquanto pacientemente espero a maturidade daqueles que não querem liberdade, nem para eles nem para nós, assisto impavidamente à tentativa de assassinato de um "jovem" que tem uma opinião negativa sobre o islamismo...
Mito, na nossa democracia, na nossa cultura, no ordenamento jurídico (não apenas português mas europeu) o que o Talibã acabou de fazer traduz-se em vários crimes:
- Crimes contra a vida, contra a integridade física, contra a liberdade pessoal, contra a paz pública e contra a segurança do Estado.
Tudo na forma de tentativa, e, a serem concretizados os seus "pedidos", é ele o o instigador e autor moral dos mesmos...
Com este post, o que eu queria era realçar (brincando) as várias formas de reacção a esta atitude, sendo que as pacíficas - como um beijinho, como uma frase - podem ser tão chocantes quanto as violentas.
Mas é uma forma de ilusão muito perigosa sermos complacentes com estas declarações e julgarmos que é "uma briga por causa de uns desenhos". Não é.
Os desenhos são apenas o rastilho de uma bomba de séculos, e o travão, mais tarde ou mais cedo, vai ter de ser imposto...
Pergunto-te a ti: Agora os Governos pedem desculpa pela publicação de um artigo de jornal... e se matarem o cartoonista? A culpa é só dos terroristas, ou é de quem permitiu que chegasse a este ponto? Até que ponto podemos ignorar estas declarações considerando a falta de espírito crítico dos fieis seguidores do declarante?...
É evidente que os cartoons são a desculpa esfarrapada para o inevitável confronto com o Ocidente, mas todas as formas de violação da liberdade dos povos (e defesa) se fizeram através de guerras... Depois do 11 de Setembro, é ingénuo considerarmos que não somos um alvo. Depois destas declarações - na minha opinião, gravíssimas - é um erro crasso não nos defendermos enquanto é tempo.
Bjs!
Mas tá tudo doido?!? "atacar sem piedade"? "bárbaros"? "animais"???
É de facto gritante o empolamento da atenção (forçada) com que (a comunicação social, em primeira linha de força) aimenta este lamentável episódio. Mas a onda crítica do eu-sou-um-europeu-civilizado-e-tolerante parece verdadeiramente descontrolada _leia-se, acima, "bárbaros", "animais"_... sim senhora, muito civilizado, não haja dúvida! Fiquei elucidado!
Nós, europeus civilizados, podemos dizer mal do vizinho, do patrão, do presidente da câmara ou da nossa mãe, mas ai de quem beliscar o nome da rainha de Inglaterra (ora aí está, que democrático!).
Nós, ocidentais tolerantes e esclarecidos, sabemos que podemos e devemos impor a nossa presença na casa que o não é para difundir a democracia (ahahah... desculpem!) e, se necessário, chegar a roupa-ao-pelo dos bárbaros (ups!, desculpem outra vez), dos muçulmanos.
Making a long story short: todos temos telhados de vidro e é verdadeira presunção entender que a verdadeira civilização é a ocidental e as demais tão somente organizações tribais. Utilizemos a nossa inteligência para fazer acalmar os ânimos e vaorizar o que é realmente importante...
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