quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Walking elsewhere - II

Retive esta informação preciosa não apenas porque funciona... e dá prazer. Mas principalmente porque acho que tem uma aplicação valiosa na vida diária: Ir sempre um pouco mais além do que é expectável de nós, aliás, do que nós próprios esperamos de nós.

Vai daí, o meu pensamento voa para o meu percurso, o toc-toc-toc tem um destino. Só que agora, percebo, esse destino não está mais além do que espero de mim, do que desejo para mim. Ao fim de quatro anos, o local para onde me dirijo perdeu o encanto, desiludiu-me, assumiu todos os contornos de máquina monstruosa, injusta e dissimulada, pouco interessada em ultrapassar o expectável e mais preocupada em manter um estatuto que já não merece.

As minhas dúvidas quanto à minha pertença àquele destino dissiparam-se. As minhas preocupações quanto às pessoas de lá, a quem quero bem, devidamente consideradas, não ultrapassam o peso do orgulho que quero ter de mim, por viver a vida que desejo.

E "ai-de-mim" se penso naqueles de quem não tenho pena se ficarem prejudicados com a minha partida... Porque, nesse momento, já não escuto o toc-toc-toc que ecoa pela rua... Na minha cabeça ouve-se apenas Nancy Sinatra: “these boots are made for walking, And that’s just what they’ll do, one of these days..."

:-)

2 Comments:

Anónimo said...

A questão é: e conceberás algum destino que constantemente te desafie a inteligência, te espevite o entusiasmo e que jamais te desiludará?...

What's in a name? said...

É uma pergunta muito interessante... À qual não consigo dizer imediatamente sim, mas que me recuso a achar que não!

Vou pensar... como sou loira, daqui a uns meses devo ter resposta! :-D

Merci Pessoa!