sábado, dezembro 01, 2007

ÁÍNDÁ



Há-de haver uma hora em que esta sensação de felicidade vai passar.

Em que vou comparar onde estive, o que tive e não estarei tão segura das minhas trocas e voltas ou de ser positiva a capacidade de fazer do meu futuro o mistério mais incerto do mundo.

É capaz de chegar uma hora em que não vou reponder a todas as pessoas que "estou maravilhosa", feliz com o acordar, o trabalhar, o conviver com o meu precioso gang, o dar-me bem com a minha família.

Chegará a hora em que lhe darei razão e me aperceberei que tomei decisões muito erradas, em que não reconhecerei motivo para ser invejada, em que este sangue moçambicano que ainda corre em mim perderá a força... E a lucidez, para perceber o que são problemas a sério e o que não passam de futilidades passageiras, já não será tão transparente.

Quando esse tempo chegar, no entanto, já será tarde demais para destruir o orgulho que tenho em ter decidido ir... e ter decidido voltar.


Todo este tempo é um tesouro meu e de quem me acompanha e não desistiu de mim. A este grupo entrego o meu intemporal "no regrets" e, diariamente, o mais incontornável "tudo bem, nada mal"

2 Comments:

Flamingo à solta said...

Estás cá... a prova mais que certa que "tudo bem, nada mal!". E és-me essencial. Todos os dias.

Anónimo said...

Nada poderá destruir esse orgulho! Orgulho em teres partido, em teres regressado, em perseguires o teu sorriso, em teres um coração de gigante. Não é o tempo que é o teu maior tesouro, és tu própria.

E bom dia, alegria! Bom dia, vida! Obrigada por tudo. E vai tudo bem. Nada mal.

(até já estou na colecta para te pagar uma certa vitória...)