quinta-feira, setembro 15, 2005

O gesto certo vale mil palavras - 2

Qual é a diferença entre comunicar e chamar à razão este Senhor ou demonstrar-lhe, por A + B, que as pessoas que estão à frente dele, vão, efectivamente, sentar-se à frente dele porque pura e simplesmente têm esse direito? Nenhuma. Minto, tem três diferenças enormes:

1. A arrogância esmagada - Não me parece que este Senhor tenha “conversado” com alguém para passar à frente, muito menos me parece que ele tenha qualquer tipo de pergunta a fazer a quem cumpriu as regras básicas de vida em sociedade. Há que responder ao óbvio? Não será por demais evidente que a sua atitude mesquinha não rendeu?

2. A eficácia - Fica por esclarecer se a atitude “moderada e comedida” teria resultados. Se resolvia. Se esclarecia, com tanta clareza, que as pessoas não são obstáculos que se podem ultrapassar, mas sim Pessoas, com liberdades e direitos a serem respeitados. Com a conversinha chegava-se lá? Não tão rapidamente e seguramente não sem muito mais tempo do que aquele que era necessário ou querido por ambos.

3. A lembrança - A descrição da situação provocou em mim (estou segura que em mais gente que a leia, pelo menos que não tenha sangue de barata ;-) um enorme sorriso. A sensação de igualdade, de “stand up for your rights”. A descrição de uma “conversa” certamente não perduraria na minha memória mais que o tempo de ler o post. E isso vale, muito! De “violenta” a situação não teve muito (acho mesmo que não teve nada), de “heróica” um bocadinho.

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